terça-feira, 17 de setembro de 2013

DEPOIMENTO DO SR. KOBAYASHI

DEPOIMENTO DO SR. KOBAYASHI SOBRE O LANÇAMENTO DA BOMBA ATÔMICA DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL PARA A TURMA DO PROEJA FIC, ALFABETIZAÇÃO E Segmento II nível IIB - EJA


Ao trabalhar o conteúdo sobre a Segunda Guerra Mundial com os alunos do Proeja Fic na disciplina tratava-se de um depoimento do Sr. Kobayashi e de sua esposa que haviam presenciado o dia em que foi lançada a bomba atômica pelos japoneses sobre a cidade de Hiroshima no Japão. A aluna Hercelina da turma do Proeja Fic, falou que conhecia o Sr. Kobayashi e que ele morava no Travessão. A partir daquele momento, surgiu a curiosidade em conhecê-lo e de ouvir a sua versão sobre o que havia acontecido naquele dia. A Profª Gladis e a aluna entraram em contato com ele convidando-o para vir uma noite na escola para dialogar com a turma. O fato se concretizou no dia 17 de setembro de 2013, quando a turma do Proeja Fic, da Alfabetização e do segmento II nível IIB, tiveram a oportunidade de ouvir um pouco sobre as experiências de vida do Sr. Kobayashi na escola.
No seu depoimento, o Sr. Kobayashi comentou sobre a forma como os governantes japoneses naquela época lidavam com a população que vivia naquele país, durante a Segunda Guerra Mundial , que ele e os seus familiares trabalhavam para o governo na fabricação de armamentos e manutenção de submarinos utilizados na guerra, e sobre as destruições que a bomba atômica provocou ao chegar em solo, cavando buracos de aproximadamente 4 metros de profundidade e “varrendo” prédios e paisagens numa proximidade de até 3 km próximo do lançamento da bomba. Conforme a fala dele, “ela limpou tudo que estava ao seu redor”. O único prédio que se manteve foi o do governo local. Naquele momento, ele trabalhava a uma distância de 18 quilômetros do local no qual foi lançado a bomba. Disse que os aviões incendiavam as casas. Explicou que ele usava roupa branca, e por isso foi mais protegido contra a radiação, que a roupa preta atrai vírus e os produtos químicos. A sua mãe trabalhava em Taiwan. Naquela época, o governo determinava onde as pessoas deveriam trabalhar, não havia liberdade de escolha. Destacou que os japoneses eram muito rigorosos e simpatizantes dos alemães. Afirmou que o seu povo e os alemães sofreram muito com a guerra. Foi solicitado para que deixasse a sua opinião sobre a guerra, falou que guerra é uma coisa que não deve acontecer.
Ele continua tendo contato com os japoneses hoje em dia porque tem uma irmã e tios morando lá. Costuma acompanhar os noticiários do seu país natal. Confirmou que os japoneses continuam sendo exigentes nos dias atuais, em relação aos estudos e ao trabalho. Hoje em dia, está habituado aos costumes do povo brasileiro. Gosta de viver no Brasil
Profª Gladis








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