DEPOIMENTO DO SR.
KOBAYASHI SOBRE O LANÇAMENTO DA BOMBA ATÔMICA DURANTE A SEGUNDA
GUERRA MUNDIAL PARA A TURMA DO PROEJA FIC, ALFABETIZAÇÃO E Segmento
II nível IIB - EJA
Ao trabalhar o
conteúdo sobre a Segunda Guerra Mundial com os alunos do Proeja Fic
na disciplina tratava-se de um depoimento do Sr. Kobayashi
e de sua esposa que haviam presenciado o dia em que foi lançada a
bomba atômica pelos japoneses sobre a cidade de Hiroshima no Japão.
A aluna Hercelina da turma do Proeja Fic, falou que conhecia o Sr.
Kobayashi e que ele morava no Travessão. A partir daquele momento,
surgiu a curiosidade em conhecê-lo e de ouvir a sua versão sobre o
que havia acontecido naquele dia. A Profª Gladis e a aluna entraram
em contato com ele convidando-o para vir uma noite na escola para
dialogar com a turma. O fato se concretizou no dia 17 de setembro de
2013, quando a turma do Proeja Fic, da Alfabetização e do segmento
II nível IIB, tiveram a oportunidade de ouvir um pouco sobre as
experiências de vida do Sr. Kobayashi na escola.
No seu
depoimento, o Sr. Kobayashi comentou sobre a forma como os
governantes japoneses naquela época lidavam com a população que
vivia naquele país, durante a Segunda Guerra Mundial , que ele e os
seus familiares trabalhavam para o governo na fabricação de
armamentos e manutenção de submarinos utilizados na guerra, e sobre
as destruições que a bomba atômica provocou ao chegar em solo,
cavando buracos de aproximadamente 4 metros de profundidade e
“varrendo” prédios e paisagens numa proximidade de até 3 km
próximo do lançamento da bomba. Conforme a fala dele, “ela limpou
tudo que estava ao seu redor”. O único prédio que se manteve foi
o do governo local. Naquele momento, ele trabalhava a uma distância
de 18 quilômetros do local no qual foi lançado a bomba. Disse que
os aviões incendiavam as casas. Explicou que ele usava roupa branca,
e por isso foi mais protegido contra a radiação, que a roupa preta
atrai vírus e os produtos químicos. A sua mãe trabalhava em
Taiwan. Naquela época, o governo determinava onde as pessoas
deveriam trabalhar, não havia liberdade de escolha. Destacou que os
japoneses eram muito rigorosos e simpatizantes dos alemães. Afirmou
que o seu povo e os alemães sofreram muito com a guerra. Foi
solicitado para que deixasse a sua opinião sobre a guerra, falou que
guerra é uma coisa que não deve acontecer.
Ele continua
tendo contato com os japoneses hoje em dia porque tem uma irmã e
tios morando lá. Costuma acompanhar os noticiários do seu país
natal. Confirmou que os japoneses continuam sendo exigentes nos dias
atuais, em relação aos estudos e ao trabalho. Hoje em dia, está
habituado aos costumes do povo brasileiro. Gosta de viver no Brasil.
Profª Gladis
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